quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PAZ NO MUNDO MG: ESTRÉIA dia 02 de DEZ, QUINTA - 8h30






"PAZ NO MUNDO CAMARÁ:
a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá - Minas Gerais"


Estréia nacional no Canal Brasil (Canais 66, Sky e Net, e 59, Oi TV).

Dia 02 de DEZEMBRO, QUINTA - 8h30

SINOPSE: a Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que que uma luta corporal. A luta da capoeira é social, histórica, cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros de Belo Horizonte (MG) resgatam a recente história da capoeira da cidade, e mais! Convidam para uma visita às danças afro-brasileira e contemporânea, ao samba, ao congado, ao candomblé e ao teatro. O que essas expressões culturais tem haver com a Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser.


Canal Brasil (link):

http://canalbrasil.globo.com/grade.php

http://paznomundocamara.blogspot.com/2010/07/curta-paz-no-mundo-camara-capoeira.html

AGUARDE: em MARÇO de 2011

LANÇAMENTO DVD

"PAZ NO MUNDO CAMARÁ:

a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá"

PAZ NO MUNDO CAMARÁ em números
5 anos de produção
Mais de 40 profissionais envolvidos
5 estados pesquisados
58 locações (15 MG, 25 RJ, 12 BA, 5 PE, 1 AL). 51 entrevistados:
25 mestres de capoeira angola,
18 mestres da cultura popular/agentes culturais,
8 pesquisadores
25 alunos tiveram contato com o mundo audiovisual
Com 35% das verbas reais
Realizamos 70% de nossos objetivos.


Conteúdo do DVD:http://paznomundocamara.blogspot.com/

Reservas: falecom@atosimagens.com.br

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Exposição Fotográfica: "Documentos de Si"

A partir do dia 05/11/2010...




Exposição das Fotos Still (tiradas durante a gravação das cenas) do curta metragem
“PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o Mundo dá – Minas Gerais”.
As fotos foram feitas pelos capoeiristas angoleiros: Warlen Mota, Jack Lucas e Josiane Braga, alunos de fotografia da “Oficina de Produção Audiovisual Documentos de Si”, que integra o documentário.







Local: Centro Cultural Padre Eustáquio
R. Jacutinga
Padre Eustáquio

(Antiga Feira Coberta do Padre Eustáquio, o CCPE conta com biblioteca, salas para oficinas de artes plásticas e artes cênicas, ampla praça com palco e estacionamento em 1000 m/2 de área livre).
Fone: (031) 3277-8394
Horário de Funcionamento: das 8h às 18h

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Realização, Patrocínio e Parcerias

Somente com união podemos seguir em frente, agradecemos a todos os nossos patrocinadores e apoiadores:

Realização




Patrocínio





Parcerias




Apoio



*A Música "Parabolicamará", da autoria de Gilberto Gil, foi gentilmente cedida para o DVD "PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá", por: GEGE Edições Musicais (Brasil e América do Sul)/ Preta Music (Resto do Mundo).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

VOLTA AO MUNDO: EXIBIÇÕES OUTUBRO/NOVEMBRO





Participe das exibições de outubro e novembro do curta metragem "PAZ NO MUNDO CAMARÁ - MG" em escolas municipais e centros culturais da grande Belo Horizonte.

O curta-metragem sobre a história da Capoeira Angola em Minas Gerais inicia seu giro de exibições por BH. Você sabia que existe uma relação intrinseca da capoeira angola e as culturas de Raiz de Matriz Africanas, como o samba, as danças afro e contemporânea, o congado, o candomblé e o teatro? Pois é! A luta da Capoeira Angola é social, histórica e cultural. Venha curtir com a gente as próximas exibições:

OUTUBRO

- Dia 28, Quinta-feira, a partir das 18h: programação do 3º Seminário: "A Chamada da Capoeira Angola: Tradição e Identidade". Mostra no Campus I (Pampulha), Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. O curta será exibido no prédio de Pedagogia, Faculdade de Educação (FAE) em frente ao Centro Pedagógico (CP). Após a exibição terá mesa de conversa com os Mestres: João Angoleiro (ACESA), Índio (ACAD), Jurandir (FICA), Dr. Walter Ude (Mestre Boca - FAE/UFMG), Contra-Mestre Renê (Camugerê), Flávia Soares (Cia. Primitiva), Junia Bertolino (Cia. Baobá), Treinel Daniel (ACESA) e Ibrahima Gaye (Cônsul Honorário do Senegal em Belo Horizonte, Diretor Centro Cultural Casa Áfrical).

- Dia 29, Sexta-feira, às 15h: Mostra na Escola Municipal Hugo Werneck para os alunos que participaram da Oficina de Animação e Contação de Histórias. Endereço: Rua Oscar Trompowski, 1372, Comunidade do Cascalho, Grajaú - Tel. (31) 3277-6862.

NOVEMBRO

- Dia 05, Sexta-feira, às 19h30min: Centro Cultural Padre Eustáquio - Endereço Rua Jacutinga (antiga Feira Coberta), 821 - Padre Eustáquio - Tel. (31) 3277-8394.

SINOPSE: a Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que que uma luta corporal. A luta da capoeira é mais social, mais histórica, mais cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros de Belo Horizonte (MG) resgatam a recente história da capoeira da cidade, e mais! Convidam para uma visita às danças afro-brasileiras e contemporâneas, ao samba, ao congado, ao candomblé e ao teatro. O que essas expressões culturais tem haver com a Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser.

Entrevistados: 1-Mestre Rogério - Associação Cultural Angola Dobrada – ACAD – Santa Tereza; 2- Mestre Jurandir- Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA) - Bairro Bonfim; 3- Mestre Primo - Grupo Iúna de Capoeira Angola – Bairro Saudade; 4- Mestre Leo - Grupo Meninos de Palmares - Alto Vera Cruz; 5- Mestre Dunga – Grupo Senzala Eu Bahia – Praça Sete; 5- Mestre João - Associação Cultural Eu Sou Angoleiro, ACESA– Centro; 6- Treinel Ricardo Manaus - ACESA, Flor Do Cascalho- Morro das Pedras; 7- Treinel Gino – ACESA, Grupo ILÚ AIÊ - Bairro Nacional; 8- Contra Mestre Medonha - Capoeira Angola Africa Brasil, CAAB - Alto Vera Cruz; 9- Contra Mestre Renê - Grupo Camujerê – Parque Municipal; 10- Mestre Márcio Alexandre (Dança Afro) – Parque Municipal; 11- Junia Bertolino (Dançarina Afro) – Parque Municipal; 12- Marilene (Dança Afro) Parque Municipal; 13- Flavia Soares (Dançarina Afro) Parque Municipal; 14- Negoativo - Capoeirista e músico (Berimbrow) – Bairro Maria Goreti; 15- Maurício Tizumba, ator interpretou Besouro de Mangangá – Praça de Santa Tereza; 16- Rui Moreira (Cia de Dança Será que) – Teatro Alterosa; 17- Dona Elisa (velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 18- Mestre Conga (Velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 19- Candomblé de dona Efigênia – Floresta; 20- Congado - Reinado de dona Isabel – Bairro Concórdia; 21- Mestre Cobra Mansa (Fundação Internacional de Capoeira Angola).

O documentario foi produzido pelos alunos capoeiristas da Oficina de Produção Audiovisual: "Documentos de Si". Durante seis meses, 14 jovens angoleiros de Belo Horizonte, entraram no mundo do cinema para conhecer de perto a linguagem audiovisual e ralizarem seu primeiro curta. Os oficineiros possuem entre 14 a 30 anos e vêm de diversas frentes de trabalho da ACESA (Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – Mestre João Angoleiro) situadas na região metropolitana da capital, como Lagoa Santa, Vespaziano, Barreiro, Contagem, onde treinam capoeira angola.

Alunos Capacitados: Assistente de Direção - Flávia Soares; Coordenação de Produção - Josiane Braga; Assistentes de Produção - Sérgio Pereira de Oliveira, Daividson Felipe dos Santos Ribeiro; Roteiristas - Cleves Henrique de Abreu Silva, Otávio Augusto Chaves; Cinegrafistas - Ângelo Augusto de Oliveira Santos, Claudinei Silva Santos; Editores - Carlos Renato, João Álvares; Still - Jack Lucas Machado Diniz, Warlen Mota e Josiane Braga.

Realização: ATOS Central de Imagens, Associação Cultural Eu Sou Angoleiro e Prêmio Capoeira Viva.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PAZ NO MUNDO CAMARÁ é inclusão sócio-cultural e valorização das culturas de raiz

Por Carem Abreu

Em 2004 Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, esteve em Genebra participando de uma Conferência na ONU, onde afirmou: a capoeira “é o ícone cultural brasileiro perante os povos”. E mais: ela se tornou “uma mandala da dança pela paz mundial”. Como sou angoleira, jornalista e pesquisadora da história da capoeira, esta afirmação me intrigou: a prática da capoeira foi o primeiro crime instituído pela República (Artigo Art. 402, do Capítulo XII - Dos Vadios e Capoeiras- do Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1889). Sua prática foi difundida como “coisa de malandro”. Logo me surgiu uma indagação: quais teriam sido, então, os “movimentos” sócio-culturais realizados pela capoeira angola (pois a capoeira regional foi criada somente em 1938), para em menos de um século, deixar de ser vista como uma prática da tão discriminada “escória da sociedade” (leia-se: negros em busca da libertação) em um instrumento de paz mundial?

Também já havia comprovado, através de modestas pesquisas realizadas até aquele momento que, apesar de ser um estilo de vida tipicamente afro-brasileiro com filosofia própria, a CAPOEIRA ANGOLA, por ser uma prática de raiz, realizada até os dias de hoje em sua maioria por pessoas negras, de baixo poder aquisivo, num processo de exclusão sócio-cultural (ao contrário da Capoeira Regional amplamente difundida pelos brancos, e óbviamente, pela classe dominante) NÃO POSSUIA UM MATERIAL AUDIOVISUAL abrangente. Algo que demonstrasse sua REAL CONTRIBUIÇÃO no contexto histórico-social brasileiro, bem como na identidade cultural de nosso povo. Para tanto, nós da ATOS Central de Imagens e da ACESA, criamos em 2005 o projeto “PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”. Ele obteve em 2008 o patrocínio do Fundo Estadual de Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura de MG. O projeto também foi um dos seis contemplados em MG do “Prêmio Capoeira Viva”, do Ministério da Cultura.

Somando os recursos obtidos vimos que haviamos conquistado apenas 43% do montante necessário para a realização do projeto. Como somos discípulos de uma prática cultural de resistência social, resistimos uma vez mais. Como nossos antepassados, utilizamos os parcos recursos obtidos como um start de uma ação, que resulta de uma busca ancestral, de mais de 400 anos: a disseminação social dos saberes afro-descendentes e sua valorização institucional. Assim, realizamos nestes dois ultimos anos uma APROFUNDADA e INÉDITA PESQUISA sobre a trajetória da Capoeria Angola no Brasil, desde sua origem, seja ela no Quilombo dos Palmares, na Bahia, em Pernambuco ou no Rio de Janeiro, até o seu momento contemporâneo: Belo Horizonte (MG) nos últimos 10 anos vem se tornado um centro formador e exportador de “angoleiros” para o Brasil e para o mundo, e também um novo cenário da capoeiragem no Brasil.


Com humildade apresentamos hoje para a comunidade angoleira os produtos culturais derivados de nossa luta pela valorização da cultura popular. Agradecemos de público a todos os profissionais, entrevistados e pessoas envolvidas no projeto. Todos aceitaram trabalhar nele recebendo por seus serviços, no máximo, 20% do valor de mercado. Sem essa atitude comprometida de vocês nada disso seria possivel! Valeu mesmo! Muito Axé!

"PAZ NO MUNDO CAMARÁ" EM NÚMEROS:

25 mestres de capoeira angola entrevistados
18 mestres da cultura popular/ agentes culturais envolvidos
8 pesquisadores entrevistados
5 estados pesquisados
58 locações (15 MG, 25 RJ, 12 BA, 5 PE, 1 AL)
40 profissionais envolvidos
25 alunos instruidos
5 anos de produção

Confira o conteúdo do DVD e do SITE.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CAPOEIRA: PATRIMÔNIO CULTURAL (AFRO)BRASILEIRO

Por Carem Abreu, com participação de Caroline Césari

* Diretora e Historiadora do projeto “Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”

Fontes:


Ascom, Iphan, www.abin.gov.br, www.palmares.gov.br, Museu do Folclore, Maurício de Barros.

Desde o dia 15 de julho de 2008 a Capoeira foi registrada como um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Patrimônio cultural imaterial são representações da cultura brasileira como as forma de ver e pensar o mundo, as cerimônias (festejos e rituais religiosos), as danças, as músicas, as lendas e contos, a história, as brincadeiras e modos de fazer (comidas, artesanato, etc.), junto com os instrumentos, objetos e lugares que lhes são associados, cuja tradição é transmitida de geração em geração pelas comunidades. O Registro aconteceu em sessão solene no Teatro Castro Alves, em Salvador e foi uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ministério da Cultura. A capoeira é o 14ª saber imaterial a ser registrado, e agora, figura ao lado da ciranda de roda, do acarajé, das panelas de barro do Espírito Santo e do frevo, como um bem cultural brasileiro.

Vale lembrar: o Registro é o passo mais recente do governo em sua nova política de valorização dos saberes populares e da capoeira. No mundo capoerístico caso semelhante ocorreu somente há 75 anos atrás (1933), na ocasião em que Getúlio Vargas revogou o artigo 402, do Capítulo XII do Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil, criado em 1892, referente aos atos dos “Vadios e Capoeiras”. Com essa lei a prática da capoeiragem foi considerada o primeiro crime oficial da República. Um estigma que perdurou efetivamente por longos 41 anos (1892 a 1933), inferiorizando categoricamente aqueles que lutavam por condições mais dignas para o povo negro como meros vadios, vagabundos e criminosos, dignos de todo tipo de tortura e degradação social.


Acervo Museu do Folclore/RJ

Cena do filme "Dança de Guerra", em 1968, Salvador:
jogando estão mestre João Pequeno e o pesquisador
Jair Moura. À direita, mestre João Grande observa o jogo.
Imagem cedida pelo Museu do Folclore/RJ, para
o documentário PAZ NO MUNDO CAMARÁ:
a capoeira angola e a volta que o mundo dá.

Esse estigma demorou árduos 116 anos para começar a ser quebrado aqui no Brasil. Agora com o Registro como Patrimônio Cultural aconteceu, institucionalmente, o reconhecimento do valor cultural da capoeira e da resistência de sua prática ancestral. De acordo com Márcia Santana, diretora de Patrimônio Imaterial, a diferença deste registro para o tombamento como patrimônio material (caso de edifícios históricos), é que o Registro “volta-se a ações de apoio às condições sociais, materiais, ambientais e de transmissão que permitem que esse tipo de bem cultural continue existindo”. Ela acrescenta que o registro é de significado simbólico: "Ocorre um aumento muito grande da auto-estima dessas pessoas. Embora a capoeira esteja disseminada em todo o mundo, alguns mestres da tradição oral nunca tiveram, pelo menos até recentemente, nenhum programa de valorização do seu saber".


CAPOEIRA VEIO DA ÁFRICA
Se por um lado o Registro garante uma pesquisa e análise do bem cultural e a criação de mecanismos de manutenção das tradições, muitos pontos primordiais sobre esse novo Patrimônio Cultural precisam ser elucidados. Como a própria questão da capoeira ter sido reconhecida apenas como uma cultura genuinamente brasileira. Para mestre Curió, do Grupo Irmãos Gêmeos, de Salvador, este lapso chega a ser “um desaforo”, pois “não há como negar sua origem africana”. O Mestre esteve em setembro de 2008 em Belo Horizonte, juntamente com Mestre Moraes, do Grupo Capoeira Angola Pelourinho – GCAP - participando do Seminário "Capoeira Angola e Patrimônio”, atividade do “2º Encontro Nacional de Capoeira Angola de BH”. Mestre Moraes, também se mostrou indignado com a forma como foi desenvolvido o processo de pesquisa que originou o dossiê de salva guarda. Para ele o processo aconteceu “à revelia dos mestres antigos” e através da ótica de pesquisadores e de pessoas de pouca expressão no mundo da capoeira.

O trabalho de inventariar, pesquisar e formular os conteúdos do dossiê foi delegado ao Laced, Laboratório de Pesquisa em Etnicidade Cultura e Desenvolvimento do Museu Nacional da UFRJ. Teve a coordenação do Prof. Wallace de Deus, com assessoria do prof. Maurício de Barros, doutor em História Social e capoeirista. Sua equipe reuniu profissionais de História, Antropologia, Psicologia, Educação Física e Artes Cênicas, em parceria com as Universidades Federais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e a Federal Fluminense, sob a supervisão do Iphan. As pesquisas foram realizadas no Rio de Janeiro, Salvador e Recife, principais cidades portuárias apontadas como prováveis origens desta manifestação e locais onde havia documentação a respeito.

Tivemos a oportunidade de entrevistar o prof. Maurício de Barros, no Rio de Janeiro. Ele explicou a nossa equipe como funcionou a dinâmica da construção do dossiê: “Você faz toda a pesquisa e detecta quais são as questões da comunidade da capoeira e a partir daí, você elabora um plano de salva-guarda, que são medidas de políticas públicas elaboradas pela pesquisa. (...) A idéia era fazer dois encontros em cada cidade para ouvir dos mestres e dos pesquisadores quais eram as questões da capoeira, e a partir daí, poder elaborar uma pauta que seguisse esse plano de salva-guarda”.

“Na verdade, a partir desse encontro (que ocorreu em dezembro de 2006) nós chamamos estas pessoas para elas falarem para o publico. No Rio, buscamos as diversas vertentes da capoeira, uma vez que o inventário não é só restrito à capoeira angola. Então buscamos o representante do Grupo Senzala (mestre Gil Velho), o Mestre Peixinho, da manifestação da chamada como capoeira de Rua, nós buscamos o Mestre Russo, de Duque de Caxias; chamamos o representante da capoeira angola do Rio: o Mestre Zé Carlos e Mestre Manuel, e pesquisadores como o Julio Tavares - o primeiro a fazer um trabalho acadêmico sobre capoeira - e outros pesquisadores que estavam envolvidos neste processo, como pesquisadores que trabalhavam com o Mestre Russo e outros que eram alunos do Mestre Peixinho. (...) Em Salvador o evento foi mais amplo, durou dois dias. Convidamos da mesma forma, buscando ampliar as vertentes: na capoeira angola convidamos o Mestre Moraes, e Mestre Cobra Mansa, atualmente Mestra Janja, que na época era contra-mestre. (...) Em Pernambuco fizemos o mesmo modelo de encontro, então chamamos os mestres locais (...) como o Mestre Pirajá, Mestre João Mulatinho, Espinhela... A capoeira angola é que não foi muito bem representada, porque tentamos entrar em contato com o Mestre Sapo e não conseguimos. E lá nós percebemos que havia uma demanda maior local, que era de reconhecimento da capoeira de Pernambuco, como uma capoeira própria, que tinha história própria e que estava de certa forma, sempre alijada pelo eixo Rio-Salvador”.


Questionado sobre o dossiê ter sido preparado por uma equipe de pesquisadores/técnicos e da “ausência” neste processo de mestres importantes para uma reflexão mais coesa, Barros afirmou: “Todos os mestres compareceram, menos Mestre Moraes. Por exemplo, eu ouvi o Mestre Moraes dizendo que não foi consultado. Mas no nosso cartaz, tem o nome dos mestres que participaram. Inclusive eu, pessoalmente não convidei o Mestre Moraes, mas as pessoas responsáveis pela organização do evento em Salvador convidaram, tanto que ele foi incluído na programação e não pôde ir. E aí, eu não sei muito bem o porque. Mas o que posso dizer é que essas pessoas foram, inclusive foram para dizer o que achavam. E nem todas concordavam... Assim, o encontro foi foco de debates, onde até mesmo o inventário era questionado. Pra quê servia? Ou seja, a própria tradição do IPHAN de ter sido criado em 1937, no Estado Novo... a presença do Governo. E nós éramos encarados como o Governo, a Instituição, quando na verdade nós fomos pesquisadores contratados, que tínhamos uma ligação com tema, e que estávamos reunindo aquelas pessoas para levantamento de pauta para saber o que elas pensavam de chegar a este plano de salvaguarda”.
Acervo Museu do Folclore/RJ
À direita, mestre Waldemar faz jogo de faca, em seu barracão.



AFRICANO QUEM BOTÔ
Sobre a questão de no registro a capoeira não ter sido considerada como um Patrimônio Cultural Afro-Brasileiro, o próprio coordenador do dossiê foi contundente em afirmar: “Seria um absurdo negar a influência africana, a própria matriz africana da capoeira. Não tem como negar isso (...) E nós fomos até Salvador para enfrentar discussão com o Mestre Curió. Porque naquela época ele fez um evento justamente com esse nome: “Capoeira Patrimônio Cultural Afro-brasileiro”. Então passamos a tarde toda conversando em uma mesa, que estava muito bem representada pela comunidade afro-descendente de Salvador, que é mais forte do que qualquer outro lugar no Brasil. E nós tentamos responder a essa pergunta do Mestre Curió e de outros mestres. Institucionalmente não tem como reconhecer a capoeira como patrimônio cultural afro-brasileiro, porque é uma iniciativa do estado brasileiro. Não tem como o Brasil responder pela África. Ou seja, teria que ser um acordo binacional para ter esse tipo de reconhecimento. Agora, a nossa perspectiva que tentamos passar, é o fato de ser do Brasil, não exclui um pertencimento afro-brasileiro... Até mesmo por uma questão burocrática, um decreto do presidente não tem como ser mudado neste nível”.


CAPOEIRA VEIO NOS LIBERTAR
A partir do registro, a capoeira passa a fazer parte do patrimônio cultural do Brasil e assegura os direitos dos profissionais da arte. Os velhos mestres terão plano de previdência especial, será estabelecido um programa de incentivo da capoeira no mundo e criado um Centro Nacional de Referência da Capoeira, além do plano de manejo da biriba, madeira utilizada na fabricação do instrumento principal da capoeira: o berimbau. De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando Almeida, o direito dos profissionais foi um dos principais ganhos do registro da capoeira. Para Maurício de Barros uma das grandes conquistas do registro é a “questão do reconhecimento do notório saber Mestre, pois durante o governo de Fernando Henrique foi promulgada uma lei que proíbe o Mestre de capoeira dar aula em escola. Não é que proíba, mas como existe o professor de Educação Física, deixa de lado a questão da Cultura Popular, do saber tradicional, que é diferenciado do saber acadêmico”.

Maurício também nos explicou como estas conquistas podem sair do papel: “o plano de salva guarda é uma forma do IPHAN levar essas propostas para os órgãos que vão tentar incluí-los. Por exemplo, a questão da aposentadoria será levada à previdência. Porque não é o IPHAN que vai cobrir a questão da aposentadoria dos Mestres. Eles vão fazer um plano e discutir isso com a Previdência Social. A questão do Notório Saber dos Mestres, eles vão levar isso para o MEC e o MEC irá baixar uma portaria, ou alguma coisa parecida, propiciando isso. Se o que está ali no plano de salva-guarda for cumprido, ou seja, se o governo conseguir estabelecer aquelas metas, acho que garante bastante coisa. Por exemplo, vai garantir o que está ali, reconhecimento do Notório Saber. Ou Seja, se tiver um concurso público, para dar aula de capoeira na Universidade da Bahia, como por exemplo, tem quem dá aula de capoeira na Universidade da Bahia, que é a aluna do Mestre Curió, porque ela tem graduação... ela tem diploma de Educação Física. Poderia ser o Mestre Curió, mas se ele fosse se candidatar a isso, ele não conseguiria. Então o Registro abre espaço até em outros lugares assim”.

Segundo informações do IPHAN o material que resultou da pesquisa faz parte do dossiê de registro e vai ser publicado na série Dossiê Iphan, que já editou 6 volumes. Ele deve também integrar o banco de dados do INRC (Inventário Nacional de Referência Cultural) desenvolvido com a finalidade de organizar a informação e disponibilizar o acesso nos limites de usos autorizados, para a natureza da pesquisa produzida para o Iphan. Com material iconográfico levantado na pesquisa foi criada uma exposição intitulada “Na Roda de Capoeira” cuja as fotos estão ilustrando esta reportagem, as quais foram cedidas gentilmente pelo Iphan e pelo Museu do Folclore, com exclusividade, para a equipe do projeto “Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a Volta que o Mundo dá”. Até o fechamento desta edição, um ano após ao Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial, NENHUMA DAS GARANTIAS do plano de salvaguarda FOI IMPLEMENTADA para a comunidade capoeirística brasileira.

Acervo Pessoal do mestre Gildo Alfinete

Mestre Pastinha com seus discípulos no Pelourinho/BA.
No jogo: Na Atividade e Albertinho da Hora. Na bateria:
Gildo Alfinete, Gaguinho, Nelson, Sapateiro, Genário
Lemuscoto, Roberto Satanás, Rui Lemuscoto e Genésio Meio Quilo.



BOX
GARANTIAS DO PLANO DE SALVAGUARDA DA CAPOEIRA

Reconhecimento do notório saber dos mestres de capoeira pelo Ministério da Educação:

Espera-se que o registro do saber do mestre de capoeira como patrimônio cultural do Brasil possa favorecer a sua desvinculação obrigatória do Conselho Federal de Educação Física, ao qual a capoeira está subordinada. A proposta pretende contribuir para que mestres de capoeira sem escolaridade, mas detentores do saber, possam ensinar capoeira em colégios, escolas e universidades.

Plano de previdência especial para os velhos mestres de capoeira:



Existe a sugestão da elaboração, junto à Previdência Social, de um plano especial para mestres acima de 60 anos que tenham tido dificuldades de contribuir com a entidade ao longo dos anos. Como se trata de uma ação de emergência, que busca acolher os mestres atuais que vivem em absoluto estado de carência, recomenda-se que esta proposta tenha implantação imediata e perdure até que os futuros mestres possam dispensar esta ação de salvaguarda.

Estabelecimento de um Programa de Incentivo da Capoeira no Mundo:


Espera-se que o Itamaraty possa inserir a capoeira nos seus programas de apoio à difusão da cultura brasileira, e desta maneira facilitar o trânsito de mestres e grupos que oferecem cursos e apresentam rodas no exterior.

Criação de um Centro Nacional de Referência da Capoeira:


Foi proposta a criação do Centro Nacional de Referências da Capoeira no Brasil, que será virtual, de caráter multidisciplinar e multimídia, com o objetivo de abrigar produções científicas, acadêmicas e audiovisuais, dentre outras.

Plano de manejo de biriba e outros recursos:


A biriba - madeira tradicionalmente utilizada na confecção dos berimbaus – é a mais utilizada, mas há outras madeiras da Mata Atlântica ameaçadas de extinção, como o pau d’arco, a pitomba, a tauarí, dentre inúmeras outras. Sugere-se o plano de manejo destas espécies nativas ameaçadas para atender à crescente demanda de matéria-prima para a confecção dos berimbaus e demais instrumentos.

Fórum da Capoeira:


O objetivo deste fórum é estimular encontros periódicos dos mestres e estudiosos da capoeira, em parceria com universidades. É notório que alguns mestres possuem conhecimento acadêmico, mas não é o caso da maioria. Pretende-se com esta medida integrar a tradição oral ao ambiente de pesquisa acadêmica.

Banco de Histórias de Mestres de Capoeira:


Com a criação desta medida serão realizadas oficinas de história oral para capoeiristas interessados em registrar as trajetórias de vida de mestres antigos. O objetivo deste banco é dar suporte e integrar o Centro Nacional de Referências da Capoeira.

Realização do Inventário da Capoeira em Pernambuco:


Existe a intenção de incentivar, auxiliar e aprofundar as pesquisas sobre a capoeira em Recife, com base nas referências indicadas durante o processo de inventário utilizado no pedido de registro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Curta Metragem: "PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá - Minas Gerais"

SINOPSE: a Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que que uma luta corporal. A luta da capoeira é mais social, mais histórica, mais cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros de Belo Horizonte (MG) resgatam a recente história da capoeira da cidade, e mais! Convidam para uma visita às danças afro-brasileiras e contemporâneas, ao samba, ao congado, ao candomblé e ao teatro. O que essas exoressões culturais tem haver com a Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser.


**Para assistir ao vídeo sem interferência da música do blog, clicar em "pausa" no último ícone da coluna de apresentação do blog (á direita).
ENTREVISTADOS:

1-Mestre Rogério - Associação Cultural Angola Dobrada ACAD - Santa Tereza; 2- Mestre Jurandir- Fundação Internacional de Capoeira Angola FICA - Bairro Bonfim; 3- Mestre Primo - Grupo Iúna de Capoeira Angola – Bairro Saudade; 4- Mestre Leo - Grupo Meninos de Palmares - Alto Vera Cruz; 5- Mestre Dunga – Grupo Senzala Eu Bahia – Praça Sete; 5- Mestre João - Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – Centro; 6- Treinel Ricardo Manaus - Flor Do Cascalho- Morro das Pedras; 7- Treinel Gino – Grupo ILÚ AIÊ - Bairro Nacional; 8- Contra Mestre Medonha - Capoeira Angola África Brasil CAAB - Alto Vera Cruz; 9- Contra Mestre Renê - Grupo Camujerê – Parque Municipal; 10- Mestre Márcio Alexandre (Dança Afro) – Parque Municipal; 11- Junia Bertolino (Dançarina Afro) – Parque Municipal; 12- Marilene (Dança Afro) Parque Municipal; 13- Flavia Soares (Dançarina Afro) Parque Municipal; 14- Negoativo - Capoeirista e músico (Berimbrow) – Bairro Maria Goreti; 15- Maurício Tizumba, ator interpretou Besouro de Mangangá – Praça de Santa Tereza; 16- Rui Moreira (Cia de Dança Será que) – Teatro Alterosa; 17- Dona Elisa (velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 18- Mestre Conga (Velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 19- Candomblé de dona Efigênia – Floresta; 20- Congado - Reinado de dona Isabel – Bairro Concórdia; 21- Mestre Cobra Mansa.

O documentario foi produzido pelos alunos capoeiristas da Oficina de Produção Audiovisual "Documentos de Si".

quinta-feira, 22 de julho de 2010

DVD "PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá"


A Capoeira Angola é um rico manancial de paz para a humanidade. Traz dentro de si um potencial enorme para a promoção da melhoria da harmonia do mundo, e das relações entre as pessoas. Conhecida por ser “de raiz”, a Capoeira Angola é sobretudo, uma Cultura que o povo brasileiro cultiva, deve preservar e vem transmitindo de geração em geração, ao longo da história do Brasil. Essa Capoeira “de Raiz” é um, entre tantos outros ensinamentos, manifestações e sabedorias da cultura popular afro-brasileira, e pode tem mais de 400 anos de tradição. Nesse tempo a Capoeira Angola vêm resistindo e lutando por manter vivas suas tradições, legado maior de uma ancestralidade africana que rege suas formas de ser e estar no mundo. Com ela muito se aprende sobre a vida. Sobre valores fundamentais para existência humana como a solidariedade, a igualdade, o respeito às diferenças, à natureza, o compartilhar, a cooperação, o equilíbrio, a humildade e a parceria. Dotada de musicalidade, consciência corporal e metodologias de ensino próprios, é uma arte isenta de fronteiras culturais e étnicas, capaz de transformar violência em camaradagem e divulgar pelo mundo, através da “ginga”, o trejeito brasileiro de ser.

Mas nem sempre foi assim. E é até curioso de se imaginar, pois há um pouco mais de 100 anos, a prática da capoeira era tão temida pela República do Brasil, que virou contravenção: em 1890 foi decretada como o primeiro crime do código penal Brasileiro. Como foi então, que em pouco mais de 100 anos, ela deixou ser tão temida e passou a ser um “instrumento de paz no mundo”? Quais teriam sido os movimentos feitos pela Capoeira Angola, para deixar de ser uma prática dos “malandros”, considerada pelos oitocentistas como a “escória da sociedade” e se transformar no “ícone da representatividade cultural Brasileira perante os povos”?

Para responder a essas perguntas, entre 2008 e 2009, nossa equipe realizou uma ampla e inédita pesquisa na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais. Para além do entendimento do movimento corporal próprio desta arte, buscamos analisar os movimentos históricos, culturais e sociais da capoeira a partir da história oral e “oficial”. Ao todo entrevistamos 25 mestres de capoeira angola, cinco pesquisadores e 18 mestres da cultura popular, em 52 locações. Aqui você encontrará o resultado dessa pesquisa: diagnosticamos quatro movimentos realizados pela Capoeira Angola em direção à sua desmarginalização, sociabilização e globalização.

Movimentos esses baseados na força da matriz africana, na cultura e de inserção do sujeito marginalizado na sociedade, para dar a ele condições de entender melhor suas raízes, sua identidade, para trabalhar melhor sua sociabilização e ser cada vez mais um sujeito consciente de si, de seu lugar no mundo, de sua capacidade de se harmonizar e de promover a paz interior, local e global.

CONTEÚDO DO DVD

DVD “PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”.

Lançamento MARÇO 2011.
SINOPSE: Uma pesquisa inédita e aprofundada pelo Brasil para compreender quais foram os movimentos realizados pela Capoeira Angola para, em menos de um século, deixar de ser uma atividade da “malandragem” e se tornar um “instrumento de Paz no Mundo”.

CONTEÚDO do DVD: 8 produtos culturais

VIDEOS: 1) Documentário televisivo - 52 min; 2) Curta Documentário – 19 min; 3) Making Off da Oficina de Produção Audiovisual "Documentos de Si"– 13 capoeiristas capacitados em Audiovisual - 4 min;

FOTOS: 4) Fotos de Cena (Still) no Brasil; 5) Referências Pesquisa Histórica; 6) Pesquisa iconográfica Arquivo Nacional;

TEXTOS: 7) Revista Angoleiro é o que Eu Sou!; 8) Encarte Pesquisa in loco em MG, BA, RJ, PE e AL sobre a capoeira angola no Brasil.


VIDEOS
1- “PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”
Documentario televisivo (52 minutos, Brasil: RJ, BA, PE, AL e MG).

ENTREVISTADOS E LOCAÇOES NO BRASIL:

1) BAHIA - Salvador e Recôncavo Bahiano (Santo Amaro da Purificação)
ENTREVISTADOS: 1- Mestre João Pequeno (Academia João Pequeno de Pastinha);- 2- Mestre Curió (Academia Irmãos Gêmeos); 3- Mestre Boca Rica (Academia ) 4- Mestre Gildo Alfinete (Ass. Brasileira de Capoeira Angola); 5- Mestre Lua Rasta (Capoeira de Rua); 6- Mestra Janja (Grupo N´Zinga – Pesquisadora Dra); 7- Mestre Augusto Januário (Capoeirista e pesquisador); 8- Mestre Moraes (Grupo Capoeira Angola Pelourinho – Pesquisador); 9- Mestre Felipe (Santo Amaro da Purificação); 10- Mestre Ivan (Santo Amaro da Purificação); 11- Fred Abreu (pesquisador e coordenador do Instituto Jair Moura); 12 - Carlos Eugênio Líbano Soares (pesquisador); 13 - Emília Biancardi- (Coordenadora do Museu dos Instrumentos e antiga capoerista); 14- Adriana Albert (capoeirista e pesquisadora); 15 – Padro Abib (capoeirista e pesquisador); 16- Seu João Batista (Recôncavo – conta história de Besouro de Mangangá).
LOCAÇÕES: região portuária e mais de 12 (relação da capoeiragem da BA no Sec XIX e no sec XXI).

2) RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro e Duque de Caxias

ENTREVISTADOS: 1- Mestre Manoel (Grupo Ypiranga de Pastinha- Complexo da Maré); 2- Mestre Gil Velho (Grupo Senzala); 3- Mestre Russo (Duque de Caxias);
LOCAÇÕES: Grupo Flor da Gente (Mestre Mano); região portuária e mais de 20 no Centro do RJ (relação da capoeiragem do RJ no Sec XIX e no sec XXI).

FONTES ARQUIVÍSTICAS: Arquivo Nacional, Museu do Folclore e Iphan.

3) PERNAMBUCO – Recife e Olinda

ENTREVISTADOS: 1- Mestre Sapo (Grupo de Capoeira Angola Mãe, Olinda). LOCAÇÕES: região portuária e mais de 15 locações entre Recife e Olinda (relação entre Recife / Olinda no Sec XIX e no sec XXI).

4) ALAGOAS – União dos Palmares- Serra da Barriga
ENTREVISTADO – Mestre Cláudio sobre a importância do Curral dos Macacos no Quilombo dos Palmares, história do Quilombo, de Ganga Zumba e Zumbi.
LOCAÇÕES: mais de 10 dentro do Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

5) MINAS GERAIS- Belo Horizonte

ENTREVISTADOS: 1-Mestre Rogério (Associação Cultural Angola Dobrada – ACAD, Santa Tereza); 2- Mestre Jurandir (Fundação Internacional de Capoeira Angola- FICA - Bairro Bonfim); 3- Mestre Primo (Grupo Iúna de Capoeira Angola – Bairro Saudade); 4- Mestre Leo (Grupo Meninos de Palmares - Alto Vera Cruz); 5- Mestre Dunga (Grupo Senzala Eu Bahia – Praça Sete); 5-Mestre João Angoleiro (Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – ACESA Centro); 6- Treinél Ricardo Manaus (Flor do Cascalho- ACESA Morro das Pedras); 7- Treinel Gino (Grupo ILÚ AIÊ/ ACESA - Bairro Nacional); 8- Contra Mestre Medonha ( xxxx - Alto Vera Cruz); 9- Contra Mestre Renê (Grupo Camujerê – Parque Municipal); 10- Mestre Márcio Alexandre (Dança Afro – Parque Municipal) ; 11- Junia Bertolino (Dançarina Afro – Parque Municipal; 12- Marilene (Dança Afro - Parque Municipal; 13- Flavia Soares (Dançarina Afro - Parque Municipal); 14- Negoativo – Mestre de Capoeira e músico (Academia Porto de Minas – Banda:Berimbrow – Bairro Maria Goreti); 15- Mauricio Tizumba (ator interpretou trechos da peça “Besouro de Mangangá” – Praça de Santa Tereza); 16- Rui Moreira (Cia de Dança Será Quê? – Teatro Alterosa); 17- Dona Elisa (velha guarda do samba de BH - Pedreira Prado Lopes); 18- Mestre Conga (Velha guarda do samba de BH -Pedreira Prado Lopes); 19- Candomblé de Dona Efigenia (Floresta); 20- Congado (Reinado de dona Isabel – Bairro Concórdia); 21- Mestre Cobra Mansa (Fundação Internacional de Capoeira Angola – Fica).

FONTES ARQUIVÍSTICAS:
- RJ: 1- Arquivo Nacional (mais de 250 fotos/imagens - doadas através de parceria com a Casa Civil da Presidência da Republica) 2- Museu do Folclore (Fotos e Livros sobre capoeira angola); 3- Iphan (Pesquisa e Livros sobre capoeira angola).

- BA: 4- Instituto Jair Moura (Fotos e Livros sobre capoeira angola); 5- Museu Afro-Brasileiro (Fotos e objetos sobre capoeira angola); 6- Acervo pessoal de Mestre Gildo Alfinete (Fotos exclusivas de Mestre Pastinha); 7- Instituto Carybé (fotos arquivo).

2- “PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá- Minas Gerais”
Curta metragem (15 minutos, Minas Gerais) – produzido pelos alunos da Oficina de Produção Audiovisual “Documentos de Si”.

SINOPSE: A Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que uma luta corporal. A luta da capoeira é mais social, mais histórica, mais cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros, do Brasil, resgatam a recente história da capoeiragem da cidade e mais! nos convidam para uma visita as danças afro e contemprânea, ao samba, ao congado, ao camdomblê e ao teatro. O que essas expressões culturais têm haver com Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser.

ENTREVISTADOS E LOCAÇÕES: veja item 5 (MINAS GERAIS- Belo Horizonte) do Documentário Televisivo.

EXTRAS

3- Making Of Oficina de Produção Audiovisual "Documentos de Si"



FOTOS
4- Fotos de Cena (Still) no Brasil;
5- Referências Pesquisa Histórica;
6- Pesquisa iconográfica Arquivo Nacional.



TEXTO
7- “Angoleiro é o que Eu Sou" - Edição 3
Uma revista sobre Cultura Popular de Raiz (68 paginas, Minas Gerais).


FICHA TECNICA - EQUIPE COORDENAÇÃO

Coordenação Técnica - JOÃO BOSCO ALVES DA SILVA (Mestre João Angoleiro)
Produção Executiva, Argumento e Roteiro – CAREM ABREU
Direção – JORGE MORENO e CAREM ABREU
Edição – TIAGO ESPINDOLA
Produção Geral – MARY RODRIGUES
Pesquisa Histórica – CAROLINE CESARI
Produção de Finalização/Distribuição – RAIZ PRODUÇOES
Coordenação Financeira – ALEXANDRE LIMA e DÉLIO CAIXETA


PATROCÍNIO
Capoeira Viva, Petrobras, Brasil um pais de todos (Governo Federal)
BDMG, Fundo Estadual de Cultura, Governo de Minas.

PARCERIAS
Instituto Carybé
Museu do Folclore
Instituto do Patrimônio Histórico da Bahia
Museu Afro-Brasileiro
Mestre Gildo Alfinete
Iphan
Fundação Palmares
Quanta BH
Casa Civil Presidência da Republica- Arquivo Nacional

REALIZAÇÃO
Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa)

ATOS Central de Imagens

LEGENDAGEM
Português
Inglês
Espanhol

Informações:
Blog: paznomundocamara.blogspot.com

Sites: http://www.eusouangoleiro.org.br/, http://www.atosimagens.com.br/
Reservas e compra online:
falecom@atosimagens.com.br
Telefone: 55 (31) 2515-8521

Esse material foi produzido numa pesquisa de cinco anos em prol da
valorização dos saberes populares afro-brasileiros e da PAZ MUNDIAL
Belo Horizonte *** Minas Gerais *** BRASIL ***2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Oficina de Produção Audiovisual: "Documentos de Si"



Durante seis meses 14 jovens angoleiros de Belo Horizonte, entraram no mundo do cinema para conhecer de perto a linguagem audiovisual e realizarem seu primeiro documentário. Os oficineiros possuem entre 14 a 30 anos e vêm de diversas frentes de trabalho da ACESA (Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – Mestre João Angoleiro) situadas na região metropolitana da capital, como Lagoa Santa, Vespaziano, Barreiro, Contagem, onde treinam capoeira angola. Todos os integrantes da oficina não possuíam experiências anteriores no audiovisual e tiveram contato sobre todas as etapas da produção de um documentário com profissionais que atuam no mercado audiovisual em BH. A capacitação oferecida tem como objetivo preparar os alunos para participarem do processo de produção de um documentário de 15 minutos, realizado em Minas Gerais. O curta-metragem é parte integrante do documentário televisivo ‘Paz no mundo camará: a capoeira angola e a volta que o mundo dá’.


CORPO DOCENTE

Narrativas Documentais - ATHAIDES BRAGA
Projeto DVD Paz: importância da pesquisa histórica na construção de um documentário - CAROLINE CÉSARI
Pesquisa histórica- DIMAS DE SOUZA
Roteiro documental- CAREM ABREU
Direção de Produção- MARY RODRIGUES
Fotografia e Prática Still - LUIZA VIANNA
Cinegrafista (handcam Sony)- TOM AMÂNCIO
Cinegrafista (HVX200- profissional) - LUCAS EMOREIRA
Direção em Documentário - ANDRÉ BRAGA
Edição - CELSO LEMBI e LOURENÇO VELOSO



ALUNOS CAPACITADOS

Assistente de Direção - FLAVIA SOARES
Coordenação de Produção - JOSIANE BRAGA
Assistentes de Produção - SERGIO PEREIRA DE OLIVEIRA/ DAVIDSON FELIPE DOS SANTOS RIBEIRO
Roteiristas - CLEVES HENRIQUE DE ABREU SILVA / OTAVIO AUGUSTO CHAVES
Cinegrafistas - ANGELO AUGUSTO DE OLIVEIRA SANTOS/ CLAUDINEI SILVA SANTOS
Editores - CARLOS RENATO /JOÃO ALVARO MORAES DE MELO
Still - JOSIANE BRAGA / JACK LUCAS MACHADO DINIZ / WARLEN MOTA

segunda-feira, 14 de junho de 2010

EXIBIÇÕES:


"PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá - Minas Gerais"
(doc. 15min, MG 2009)
OUTUBRO - 2010

- Dia 28, Quinta-feira, a partir das 18h: programação do 3º Seminário: "A Chamada da Capoeira Angola: Tradição e Identidade". Mostra no Campus I (Pampulha), Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. O curta será exibido no prédio de Pedagogia, Faculdade de Educação (FAE) em frente ao Centro Pedagógico (CP). Após a exibição terá mesa de conversa com os Mestres: João Angoleiro (ACESA), Índio (ACAD), Jurandir (FICA), Dr. Walter Ude (Mestre Boca - FAE/UFMG), Contra-Mestre Renê (Camugerê), Flávia Soares (Cia. Primitiva), Junia Bertolino (Cia. Baobá), Treinel Daniel (ACESA) e Ibrahima Gaye (Cônsul Honorário do Senegal em Belo Horizonte, Diretor Centro Cultural Casa Áfrical).

Mostra Animação: "ANGOLA: Capoeira Ancestral"

- Dia 29, Sexta-feira, às 15h: Mostra da na Escola Municipal Hugo Werneck para os alunos que participaram da Oficina de Animação e Contação de Histórias. Endereço: Rua Oscar Trompowski, 1372, Comunidade do Cascalho, Grajaú - Tel. (31) 3277-6862.

NOVEMBRO - 2010

"PAZ NO MUNDO - MG" e Exposição fotográfica da Oficina de Produção Audiovisual: "Documentos de Si"

- Dia 05, Sexta-feira, às 19h30min: Centro Cultural Padre Eustáquio - Endereço Rua Jacutinga (antiga Feira Coberta), 821 - Padre Eustáquio - Tel. (31) 3277-8394.

-Dia 26/06 - sábado, às 19h.
participa da mostra competitiva da VIII Mostra Minas em Belo Horizonte (Espaço 104, Praça da Estação)

- Dia 15/06, terça, às 19h
II Mostra de Arte dos Jornalistas de Minas
Sindicato dos Jornalistas (Alvares Cabral, 400- Centro, BH)


- Dia 07/04, Quarta-feira, às 19h 37min
I Mostra SESC de Cinema e Vídeo Brasiliense
19hs 37min- Teatro Newton Rossi - SESC Ceilândia
20hs 37min- Teatro Silvio Barbato- SESC Comercial Sul

- 22/06 Trecho do curta "Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá", com entrevistas de Mestre Negão (Márcio Alexandre) e com as bailarinas da Companhia Primitiva de Atre Negra Marilene Rodrigues Flávia Soares e Junia Bertolino.

Sinopse: A Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que que uma luta corporal. A luta da capoeira é mais social, mais histórica, mais cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros de Belo Horizonte (MG) resgatam a recente história da capoeira da cidade, e mais! Convida para uma visita as danças afro e contemporânea, ao samba, ao congado, ao candomblé e ao teatro. O que essas exoressões culturais tem haver com a Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser

Entrevistados:

1-Mestre Rogério- Associação Cultural Angola Dobrada – ACAD – Santa Tereza; 2- Mestre Jurandir- Fundação Internacional de Capoeira Angola- FICA - Bairro Bonfim; 3- Mestre Primo - Grupo Iúna de Capoeira Angola – Bairro Saudade; 4- Mestre Leo - Grupo Meninos de Palmares - Alto Vera Cruz; 5- Mestre Dunga – Grupo Senzala Eu Bahia – Praça Sete; 5-Mestre João - Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – Centro; 6- Treinel Ricardo Manaus - Flor Do Cascalho- Morro das Pedras; 7- Treinel Gino – Grupo ILÚ AIÊ - Bairro Nacional; 8- Contra Mestre Medonha - Alto Vera Cruz; 9- Contra Mestre Renê - Grupo Camujerê – Parque Municipal; 10- Mestre Márcio Alexandre ( Dança Afro ) – Parque Municipal; 11- Junia Bertolino (Dançarina Afro) – Parque Municipal; 12- Marilene (Dança Afro) Parque Municipal; 13- Flavia Soares(Dançarina Afro) Parque Municipal; 14- Negoativo - Capoeirista e músico(Berimbrow) – Bairro Maria Goreti; 15- Mauricio Tizumba, ator interpretou Besouro de Mangangá – Praça de Santa Tereza; 16- Rui Moreira (Cia de Dança Será que) – Teatro Alterosa; 17- Dona Elisa (velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 18- Mestre Conga (Velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 19- Candomblé de dona Efigênia – Floresta; 20- Congado - Reinado de dona Isabel – Bairro Concórdia; 21- Mestre Cobra Mansa.

Veja a reportagem completa aqui.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

SITE www.eusouangoleiro.org.br


EQUIPE SITE:

Webmaster: GILMAR MENDES (ONGNET Brasil)
Web designer: TALES BADESCHI
Jornalista: BERNARD MACHADO

REVISTA “ANGOLEIRO É O QUE EU SOU!”


Edição número 3 da única revista de cultura popular do Estado. Essa edição especial tem como titulo "Cultura de raiz é resistência ancestral" e foi composta por 44 textos (entre reportagens, editorial, entrevistas e letra de samba) sobre culturas de matriz africanas, como a capoeira (angola e regional), as danças Afro e contemporânea e as religiosidades afro-brasileiras como o Congado e o Candomblé, a musicalidade pop, reggae, samba e africana. 27 pessoas entre parceiros, ativistas culturais e do movimento negro de BH participaram da revista como colaboradores. Ao todo a produção dessa edição envolveu mais de 50 pessoas.

EQUIPE REVISTA: Editores: MESTRE JOÃO ANGOLEIRO, MARILENE DOS SANTOS, JUNIA BERTOLINO e CAREM ABREU;Redatores: CAREM ABREU, PAULO MAGALHAES e JÚNIA BERTOLINO; Jornalista Júnior: LUNA GOMIDES e LILIANE MARTINS; Designer Gráfico e Diagramador: ROBHSON ABREU; Revisora: GILMARA OVÍDIO
Fotógrafa: LUIZA VIANNA.
1000 exemplares.

OFICINA DE ANIMAÇÃO E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS



Fotos: Mestre João Angoleiro - Contação de Histórias; André Araujo - Criação de personagens animação; Lena dos Santos - Contação de Histórias.

Dez crianças do programa Escola Integrada da E.M. Hugo Werneck (comunidade do Morro do Cascalho, bairro Morro Alto, Belo Horizonte, MG) durante três manhãs do mês de julho de 2009 mudaram sua rotina. Eles foram selecionados para ajudar a construir, no Ponto de Cultura Flor do Cascalho, uma parte da narrativa do documentário " PAZ NO MUNDO CAMARÁ - BRASIL" e criaram cenas que remontam 400 anos da Capoeira no Brasil. A Oficina de Animação atuou como uma ferramenta de resgate dessas memórias não registradas e um instrumento de interação e reflexão social.


CORPO DOCENTE:
MESTRE JOÃO ANGOLEIRO - autor e contador de histórias - Coordenação Técnica - Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (ACESA)
LENA DOS SANTOS - autora e contadora de histórias da Associação Cultural Eu Sou Angloeiro (ACESA)
ANDRÉ ARAÚJO - artista plástico, especialista em Animação Audiovisual
CAREM ABREU - coordenação e direção

EQUIPE Técnica:
FOTOS: Pedro de Filipes e Thais Lombardi
CAMERA: Claudinei dos Santos e Carem Abreu